Assim acontece com o seu lago interior, que se agita com as pedras que recebe nas suas águas e estas pedras podem ser situações, acontecimentos ou mesmo pensamentos. Quantas vezes um só pensamento é o suficiente para agitar essas águas?
Quando essas águas se agitam, ficando até por vezes revoltas, a agitação interior é tal que não permite um pensamento claro, lúcido ou tranquilo. A partir da zona de impacto geram-se ondas que se vão propagando por toda a superfície do lago e fica muito difícil reflectir a tranquilidade do céu azul ou a luz do sol interior. Pelo contrário, o reflexo vai ser também ele agitado; reflectindo essa agitação interior.
Com o passar do tempo, a intensidade dessa agitação, dessas ondas, vai diminuindo até dissipar-se por completo. Não só o passar do tempo o consegue, como também cada momento, como este, em que se permite relaxar, cada momento em que escolha fazer algo que realmente goste de fazer, em cada passeio consigo próprio, em cada momento em que desfruta o presente, estando e sendo o momento.
Então, as águas desse lago ficam novamente tranquilas, pois esse é o seu estado natural, um estado de equilíbrio, de tranquilidade, serenidade. E tranquilas, elas reflectem, naturalmente, a tranquilidade do céu azul, um céu azul em que as nuvens continuam a passar, lá à distância, tranquilamente. E à distância, sendo observadas, elas não podem perturbar as águas desse lago. Reflectem ainda a luz do sol interior, um sol radioso e radiante, onde residem imensos recursos e capacidades que irradiam com a sua luz.
E quando as águas deste lago reflectem, tranquilamente, esta luz, ela irradia a partir de dentro e flui através da sua forma de ser e estar, por toda a sua linguagem verbal e não verbal. Deixe que a serenidade dessas águas flua através de si, preenchendo e envolvendo cada célula, cada molécula, até à mais ínfima parte do seu ser!
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