quarta-feira, 10 de março de 2010

Virginia Satir sobre: como ser terapeuta

«O terapeuta deve primeiramente criar um ambiente no qual as pessoas possam, talvez pela primeira vez, assumir o risco de se examinarem objectiva e claramente, bem como suas acções.

a) ele deve se concentrar em transmitir-lhes confiança, reduzindo seus temores, fazendo com que se sintam confortáveis e esperançosas a respeito do processo terapêutico.

b) ele deve mostrar que tem uma direcção definida a seguir, que está se dirigindo para algum lugar. Os pacientes o procuram porque ele é um especialista, assim, ele deve aceitar o rótulo e mostrar-se à vontade exercendo o seu papel.

c) Acima de tudo, ele deve mostrar aos pacientes que pode estruturar suas perguntas a fim de saber o que ambos necessitam saber.


O terapeuta…

a) ousa fazer perguntas e o modo pelo qual as coloca ajuda o paciente a sentir-se menos atemorizado.

- o terapeuta pergunta o que o paciente pode responder, de modo que este se sente competente e produtivo;

- o terapeuta envolve o paciente num processo de estabelecimento de uma história para trazer à tona detalhes sobre a vida familiar. Isto faz com que o paciente sinta que sabe coisas que o terapeuta desconhece, que tem algo a contribuir. (Os pacientes envolvem-se intensamente neste trabalho de construção de uma história factual do seu próprio passado. Discutem entre si acerca dos factos, corrigem o terapeuta e assim por diante).

- o terapeuta faz perguntas que o paciente possa, no momento, enfrentar emocionalmente, de modo que este possa sentir que tem o controle de si mesmo.

b) O terapeuta não sabe o que é que não sabe, mas sabe como descobrir e verificar os conhecimentos que tem.

- o terapeuta não pressupõe coisa alguma. Ele não deve pensar que sabe mais do que sabe. Tudo o que pode pressupor é que há um corpo à sua frente; está respirando; é um homem ou uma mulher de determinada idade.

- se o terapeuta opera a partir de pressuposições, sem verificá-las, está frequentemente errado. Ele deve constantemente questionar seus pacientes.

“Eles foram alguma vez ao cinema?”

“O que significa ‘bem, mais ou menos’?”

Ele deve questionar também seus próprios pressupostos. O facto de eles estarem chegando atrasados para a sessão significa que estão ‘resistindo’ ao tratamento ou não?

c) O terapeuta pode perguntar sobre o que não sabe; ele sabe como alcançar os factos.

- Factos sobre processos de planejamento: “Vocês foram ao cinema, tal como planejaram?” ou “Vocês afinal puseram o pão na mesa?”

- Factos que revelam falhas no planejamento. Por exemplo, a mãe reclama que seus filhos não fazem nenhum trabalho doméstico. O terapeuta descobre, através de perguntas, que ela nunca diz para eles o que devem fazer; todas as instruções estão na cabeça dela.

- Factos acerca da percepção do próprio eu e do outro: “Como é que você esperava que ele reagisse?”, ou “O que você imaginou que ela tivesse pensado?”

- Factos sobre percepções de papéis e modelos: “quem faz o que na sua casa?” ou “como é que o seu pai controlava o dinheiro?”

- Factos sobre técnicas de comunicação:

“Você não tinha certeza do que ele queria dizer? O que, no comportamento dele, fez com que você ficasse em dúvida?”

“O que foi que você disse para ele? O que você respondeu a ela?”

“As palavras que saíam de seus lábios combinavam-se com a expressão de seu rosto?”

“Você tentou fazer com que entendessem seu ponto de vista? Como? O que você fez depois?”

- Factos sobre como os membros da família expressam seus sentimentos sexuais e os atuam. O terapeuta não emite mensagens de dois níveis para os pacientes como se ele tivesse realmente mais interesse em ouvir sobre estes assuntos do que sobre qualquer outro. Suas perguntas se referem à vida cotidiana, inclusive atividades sexuais relacionados com sexo, o terapeuta o faz de uma maneira aberta, concreta e ordinária. Ele trata este tema como qualquer outro. Ele diz: ‘como é que vocês fazem?’, e não ‘quem é o culpado?’; ‘como é que funciona?’ e não ‘por que vocês não reagem?’

d) o terapeuta não tem medo de que o paciente lhe minta; ele não é desconfiado. Ele entende que o paciente não está deliberadamente retendo informação ou falseando-a. Ele está respondendo a um vago temo de culpa e a uma reduzida autovalorização.»


Do livro:
Satir, V. (1997). Terapia do Grupo Familiar. RJ: Editora Francisco Alves.

sábado, 6 de março de 2010

Script: Para libertar potencialidades inconscientes

E agora, quando você for para dentro de si mesmo...
deixando-se ir...
você pode tornar-se...
ainda mais consciente...
de que você tem uma mente consciente.
e uma mente inconsciente,
um eu interno,
um eu tranquilo,
oculto bem no fundo,
que fica mais disponível,
mais acessível,
quando você se deixa ir suave/mente, calma/mente
E esta mente interior,
Esta mente consciente,
tem muitas habilidades
e compreensões
que você pode usar
para se tornar mais confortável,
tornar-se mais feliz, para desfrutar da sua vida
mais inteiramente, porque a sua mente inconsciente
pode pensar melhor sobre os seus objectivos,
pode ver como você se sentiria,
estando agora mais à vontade
sendo mais capaz de olhar para si com cuidado,
dedicação,
de se sentir confortável/mente.
E quando a sua mente inconsciente sabe
o que ela pode fazer
para ajudá-lo,
você também pode perceber isto
porque ela pode mostrar-lhe
um pensamento,
uma memória,
uma sensação ou uma imagem...
que, à primeira vista, pode parecer incomum,
porém, mais tarde,
mostrar o caminho
para ajudá-lo, libertá-lo.
E eu não sei,
e você não sabe,
o que o seu inconsciente sabe,
ou o que ela fará por si,
mas eu sei
que você pode esperar agora
pelo seu eu interno,
para rever aquele objectivo,
encontrar aqueles pensamentos,
aquelas novas formas de fazer,
deixar aflorar a memória para aprender,
encontrar aquelas necessidades,
que realizam aqueles objectivos.
A sua mente inconsciente sabe o que fazer,
quando ela reconhece como usar
as suas próprias experiências,
as suas próprias reacções,
a sua própria forma de fazer as coisas,
para ajudá-lo a realizar aquelas coisas
que são tão boas para si.
Você necessita da sua mente inconsciente,
você pode saber que ela está pensando nessas coisas,
e ela sabe o que fazer por si...
Dê tempo a si mesmo...
Aproveite agora para se sentir
solta/mente...
suave/mente...
E assim você pode tomar
todo o tempo do mundo
para ir voltando
aqui para esta sala
nos próximos minutos...
serenamente alerta
e bem-disposto.



Adaptado de:
Bauer, S. (2002). Hipnoterapia ericksoniana passo a passo. Campinas, SP: Livro Pleno.


Gosto de palavras e de brincar com elas e este tipo de scripts satisfazem a minha criança interior! ;)

Of Mice And Metaphors: Therapeutic Storytelling With Children

Editora: Basic Books
Edição de 2000
224 páginas
PDF de 20,9 Mb

Contar histórias é algo natural para as crianças e Jerrold Brandell torna-o um processo recíproco quando revê as suas histórias de uma forma terapêutica e as devolve como parte de jogo dinâmico de contar histórias. Analisando casos, ele modela esta dinâmica com jovens com conflitos e com interpretação e reconstrução de narrativas.


Links para Download:

http://depositfiles.com/files/o58vbaf73

http://www.megaupload.com/?d=0YLAT8BC

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Livro: Self-Hypnosis Revolution

Forbes Blair "Self-Hypnosis Revolution: The Amazingly Simple Way to Use Self-Hypnosis to Change Your Life"
Ediora: Sourcebooks, Inc.
Ano: 2007
ISBN: 1402206704
304 páginas
Formato: PDF
Tamanho: 1,3 MB

«Auto-hipnose sem o transe!
O autor do best-seller de auto-hipnose, Instant Self-Hypnosis, mostra-lhe como pode reprogramar a sua mente para o sucesso em todas as áreas da sua vida ao enquanto efectua a sua rotina diária. Tudo o que faz, incluindo as tarefas do dia-a-dia, tornam-se subitamente em potenciais oportunidades para auto-capacitação! Pode praticar este simples e poderoso método equanto põe o lixo na rua, escova o pão, conduz para a loja, limpa a casa ou durante qualquer outra actividade.

Alcance os seus objctivos mais depressa, quebre maus hábitos, transforme a suavida e tenha o que quer--é rápido, éfácil e qualquer pessoa pode fazê-lo.»

Fazer o download aqui

Livro: ZeNLP

Para quem for na onda...

Murli Menon, "ZeNLP: The Power to Succeed"
Sage Publications Pvt. Ltd
2005
ISBN: 0761996419
149 páginas
Formato: PDF
Tamanho: 1,2 MB


«'Murli Menon, um consultor bem conhecido, trás aos leitores a teoria de ZeNLP, que é uma combinação dos princípios da programação neurolinguística e a meditação zen. ZeNLP oferece uma abordagem passo a passo para poder aplicar a filosofia na sua vida diária. O livro promete ajudá-lo na comunhão consigo próprio e a compreender o seu verdadeiro relacionamento co o mundo. Revela segredos para alcançar os seus objectivos lançando mão do poder infinito da mente' - The Economic Times

Neste volume revolucionário, o autor desenvolve a sua teoria de ZeNLP - uma perspectiva única sobre como o sucesso no trabalho e na vida pode ser alcançado pela introspecção e auto-realização. ZeNLP combina os princípios da programação neurolinguística e da meditção zen e basea-se na premissa de que todo o universo é composto por uma energia que ele intitula de "consiência cósmica" da qual cada um de nós faz parte.

Este livro orientado para objectivos introduz ao leitor dcas práticas que irão: melhorar o entendimento conceitual, a capacidade intuitiva e de estratégia; aprofundar a compreensão espiritual, levando ao auto-desenvolvimento; melhorar a memória e concetração através da meditação regular; ajudar no desenvolvimento de estratégias necessárias para gerar resultados instantaneos no ambiente competitivo do presente; e ajudar a programar a mente para impulsionar o mecanismo cibernético desta.

Murli Menon levou a cabo estensos estuds em métodos de cura do Oriente e do Ocidente e desenvolveu técnicas para combinar a ZeNLP com a cura natural. Recebeu o Prémio International Award for Distinguished Leadership do American Biographical Institute.» (tradução livre)

Fazer o download aqui

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O Hipnotismo – Seu poder e sua prática

De Peter Blythe

O que é o hipnotismo? Quem pode ser tratado pela hipnose? Por que ela não funciona com toda a gente? Sente a pessoa alguma dor quando está hipnotizada? A hipnose tem efeitos secundários?

Estas e numerosas outras perguntas são respondidas de maneira clara e idônea neste livro, que foi escrito em linguagem não-técnica por um especialista no assunto. Além de iniciar o leitor na natureza e nas técnicas da hipnose moderna, Peter Blythe mostra como se empregam aparelhos para induzir ao transe hipnótico e como a hipnose está sendo adotada com sucesso, hoje, por médicos, dentistas, psicoterapeutas, educadores e investigadores criminais.

Fazer download do livro aqui.

 
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